Êxodo 8-10
Talvez o livro
mais importante da Bíblia acerca de Batalha Espiritual seja o livro de Êxodo. A
vida cristã não é um parque de diversões, é um campo de batalha; não é uma
estufa, uma redoma de vidro, um lugar de tranqüilidades e amenidades, mas é um
campo e uma arena de lutas sem tréguas. Nesta batalha nós devemos evitar dois
extremos: o primeiro deles é superestimar o inimigo, o segundo perigo é
subestimar o inimigo.
Toda vez que
você projeta o inimigo e fala mais no Diabo do que em Jesus, mais preocupado
com as tramas e ardis do Diabo do que
deleitar-se na graça de Deus, você está entrando num caminho de excesso e de
perigo; o outro risco é de você pensar
que o inimigo é uma lenda, um mito, uma quimera, que não lhe oferece qualquer
risco ou perigo, nós precisamos entender que a nossa luta não é contra a carne
ou sangue, mas contra os principados e potestades.
A nossa luta é contra um ser invisível e não um mito ou energia negativa; lutamos com um anjo caído, que com toda a sua hoste infernal, vinte e quatro horas por dia, sem pausa ou trégua, tenta nos enredar e nos apanhar nos seus ardis e nas suas armadilhas. O livro de Êxodo vai nos trazer um retrato desta batalha espiritual. Faraó é visto na Bíblia como símbolo do Diabo, o Egito é visto como símbolo do Mundo, a libertação do povo de Israel do Egito é vista como símbolo da conversão e da redenção do povo de Deus, é importante agora entender que antes do povo sair do Egito, Faraó tentou de diversas maneiras reter o povo na escravidão, nos seus ardis e em suas armadilhas espirituais; lançando assim propostas perigosas para reter o povo de Deus na escravidão.
A nossa luta é contra um ser invisível e não um mito ou energia negativa; lutamos com um anjo caído, que com toda a sua hoste infernal, vinte e quatro horas por dia, sem pausa ou trégua, tenta nos enredar e nos apanhar nos seus ardis e nas suas armadilhas. O livro de Êxodo vai nos trazer um retrato desta batalha espiritual. Faraó é visto na Bíblia como símbolo do Diabo, o Egito é visto como símbolo do Mundo, a libertação do povo de Israel do Egito é vista como símbolo da conversão e da redenção do povo de Deus, é importante agora entender que antes do povo sair do Egito, Faraó tentou de diversas maneiras reter o povo na escravidão, nos seus ardis e em suas armadilhas espirituais; lançando assim propostas perigosas para reter o povo de Deus na escravidão.
A primeira
proposta de Faraó está em Êxodo capítulo oito, versículo vinte e cinco: “não
precisa sair do Egito, sirvam a Deus no Egito mesmo, levantem altares aqui no
Egito”. Esta proposta é mais ou menos assim:
Você quer ser
crente? Tudo bem, não tem problema; Você quer ir pra igreja? Sem qualquer
problema. Você não precisa mudar de vida, você pode levantar altares no Egito,
você pode continuar vivendo a vida que você sempre levou; se você mentia,
continue mentindo, ou se você era orgulhoso, soberbo, continue sendo soberbo,
se o seu coração era um poço de impureza, e se a sua vida era uma vida que
caminhava na direção da pornografia, prostituição, adultério, fornicação, não
precisa mudar isso, se o seu namoro era um namoro encharcado de licenciosidade,
não precisa mudar isso. Esta é uma proposta perigosa, porque não é o fato de você
ir para uma igreja A ou B, que você está seguro, mas em ser nova criatura, em
ter novo coração, uma nova mente, uma nova vida. Portanto, não dá para levantar
altares no Egito, não dá para servir a Deus no Egito, não dá para ser uma
pessoa salva e ao mesmo tempo viver na prática do pecado, consequentemente
Moisés rechaçou esta proposta de Faraó.
A segunda
proposta de Faraó está em Êxodo capítulo oito, versículo vinte e oito e a
proposta era a seguinte, “Está bem, vocês querem ir, podem ir, mas não vão
muito longe não, fiquem por perto, fiquem aqui na vizinhança, quando vocês
sentirem saudades do Egito, voltem aqui, faça um turismo por aqui, não é
preciso ser tão radical, não é preciso fazer um corte tão decisivo, não é
preciso um rompimento tão definitivo”. A proposta de faraó é mais ou menos o
seguinte, “você pode ser crente, você pode ir pra uma igreja, você pode adorar
a Deus, mas você não precisa ser uma pessoa tão radical, você pode aproveitar o
melhor dos dois mundos, você pode ter um pé na igreja e um pé no mundo, você pode
curtir o mundo, aproveitar o mundo, amar o mundo, ser amigo do mundo, você pode
fazer parte dos esquemas do mundo, o que importa é que talvez no final de
semana você vá à igreja ou quem sabe numa ocasião especial você freqüente uma
igreja ou até apresente os seus filhos para o batismo ou quem sabe em ocasiões
de casamento ou de um funeral ou ainda de um convite especial você vai lá para
aliviar sua consciência, cumprir o seu papel religioso e social. Mas devemos
saber que não há esta história de ser amigo do mundo, a Bíblia nos diz que
“aquele que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus”, “Não
ameis o mundo nem as coisas que há no mundo, pois aquele que ama o mundo, o
amor do Pai não está nele”, “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente”. Se você tem vivido uma vida dupla, você é um
crente espiritual na igreja mas durante a semana você não leva Deus à sério,
você está muitas vezes na roda dos escarnecedores, vivendo uma vida mundana,
rendendo-se às paixões da carne, saboreando as iguarias do banquete do mundo,
ao invés de estar aproveitando as maravilhas solenes e sublimes da palavra de
Deus, se deleitando em Deus. Você está em sério risco, você está entrando nesta
armadilha, nesta arapuca deste inimigo terrível, diabólico, assassino, ladrão,
que veio para roubar, matar e destruir. Certamente Moisés também rechaçou esta
proposta.
Faraó parte
para a terceira proposta, que está em Êxodo capítulo dez, versículos dez e
onze. Faraó diz: “Está bem, vocês querem ir, podem ir, mas as crianças ficam,
os jovens ficam, vocês que já estão aí maduros, podem ir servir a Deus, o lugar
da juventude aproveitar a vida é no Egito”. A idéia é a seguinte: a juventude
passa e você só tem uma juventude para curtir a vida, se você não curtir agora
você não vai curtir nunca, o lugar de jovem experimentar a vida com todas as
taças dos prazeres é no mundo e no pecado. Mas esta proposta é enganadora, pois
que prazer existe em uma pessoa se afundar nas drogas? Tantas crianças,
adolescentes, jovens destruindo a sua vida, jogando a vida pelo ralo,
destruindo a família e sendo motivo de dor e lágrima para os pais. Que curtir a
vida é este? Que leva a pessoa precocemente pro narcotráfico, para morte,
escravidão ou ainda para miséria. Tantos jovens saem das boates de madrugada acabados
emocionalmente, vomitando nas calçadas, destruídos moralmente, arruinados
espiritualmente, que prazer há nisso? Onde está o prazer da embriaguez, das
drogas, do sexo ilícito, da licenciosidade? Traz ruína, desgraça, derrota,
vergonha, opróbrio e condenação eterna. Moisés rechaça a proposta de faraó.
Pois lugar de criança e jovem curtir a vida é na presença e no altar de Deus. A
Bíblia diz que “É na presença de Deus que há plenitude de alegria e na destra
de Deus há delicias perpetuamente”, “É melhor estar um dia na Casa de Deus do
que estar mil dias nas tendas da perversidade”. Certamente nós precisamos
entender que a igreja é lugar para as crianças, para os adolescentes, para os
jovens, é lugar de vida, é lugar de comunhão, é lugar de celebração, é lugar de
vitória, e é na casa de Deus que devemos estar e não nas tendas da perversidade.
Moisés recebe
a quarta proposta perigosa de faraó, que se encontra em Êxodo capítulo dez,
versículo vinte e quatro. Faraó diz: “Tudo bem, vocês podem ir todos servirem
ao Deus de vocês, mas os rebanhos ficam”. Em outras palavras: “Vocês servem a
Deus, mas o dinheiro de vocês serve ao Egito. A idéia é de dicotomia da vida:
“Eu sou de Deus, mas meu dinheiro não é”, “eu sirvo a Deus, mas os meus bens
não servem”. São pessoas que dizem ser de Deus, mas o coração delas ainda está
preso na riqueza e no dinheiro. Quantas pessoas são avarentas, quantas pessoas entram
para a igreja, mas são infiéis na administração dos bens que Deus lhes confiou,
quantas pessoas que deixam suas riquezas e seu rebanho à serviço do Egito, a
serviço do mundo e não do Reino de Deus. Quantas pessoas cujo Deus da sua vida
é o dinheiro, amam o dinheiro e a riqueza, constroem os seus tesouros aqui no
mundo e na terra, tesouros que vão perecer, quando deveríamos estar por inteiro
nas mãos de Deus e à serviço de Deus. A
resposta de Moisés a Faraó foi encantadora: “Faraó, eu não aceito a sua
proposta, nós vamos embora servir ao nosso Deus, o nosso rebanho também vai
embora conosco”, em Êxodo capítulo dez, versículo vinte e seis, Moisés diz:
“Faraó, nem uma unha vai ficar no Egito”. Não sabemos para que serve nem quanto
vale uma unha, mas Moisés diz que nós somos de Deus e tudo o que temos e somos
pertence a Deus e está à serviço do Senhor. Não deixe nada do que é seu no
Egito, não deixe nada do que Deus te deu nas mãos de Faraó, não entregue nada daquilo
que você recebeu de Deus para servir aos interesses de Faraó.
Nós, nossa
família, nossos bens são de Deus, pertencem a Deus e devem ser consagrados de
volta pra Deus. Devemos fazer o mesmo que Davi fez quando os amalequitas
invadiram uma cidade de Ziclague, e saquearam a cidade, feriram a cidade
levando embora os filhos, as filhas, as mulheres e os rebanhos. Diz a Bíblia
que Davi chorou, se angustiou, mas se reanimou no Senhor e orou ao Senhor, que
lhe respondeu mandando lutar porque tudo que foi tomado dele, ele iria receber
de volta. E Davi lutou e trouxe tudo de volta. Não deixe nada daquilo que Deus
te deu, nas mãos do inimigo.
Rev. Hernandes
Dias Lopes (Igreja Presbiteriana do Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário